Doente de saudade Busquei alívio no bar da esquina Com o copo na mão Afoguei meu peito em cachaça fina A dor do amor só se esquece Na embriaguez que a noite traz Fui curar a falta que ela deixou No balcão daquele bar fugaz E a madrugada foi se esvaindo Na luz tímida do amanhecer Os boêmios e as canções de dor Resolveram desaparecer A garçonete, que ouvia meus lamentos Foi embora também sem olhar Fecharam o bar, e na rua deserta Tive que continuar E seguir por aí Sem saber o caminho nem a direção Só restou na mente a recordação De um amor que virou solidão Bebi demais E agora nem lembro o rosto dela Uma estrela perdida no bar da esquina Que foi embora ao nascer da janela

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