Hoje, quero me despir de mim E ver o que há de errado comigo; Numa imensa praia escura Vou passar algum tempo perdido. Não quero que me encontre E nem me volte à lucidez; Numa imensa praia escura Achar-me no tempo que se fez. Hoje, quero me sentir sozinho E provar a taça do dissabor; Numa imensa praia escura Conseguir ver as faces do amor. Não quero nenhum conselho E nem me digam que estou errado; Numa imensa praia escura Não ver que a vida continua. Não quero ver os seus olhos Tão pouco sentir os beijos seus; Numa imensa praia escura Vou enxergar com os olhos meus.

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